quarta-feira, 17 de julho de 2013

O carro de corrida mais caro do mundo é uma Mercedes W196 1954 !!!

Foi vendida pela casa de leilões Bonhams em um evento em Goodwood por cerca de R$ 60 milhões de reais, a Mercedes W196 com a qual Fangio foi bi-campeão, pelo maior valor alcançado até então por um veículo de competição, superando a Ferrari Testa-Rosa vendida a dois anos atrás, que até então era o carro de corrida mais caro arrematado. O carro encontra-se original e sem nenhuma restauração o que é mais incrível, é que foi encontrado em um galpão ! Fico admirado de não estar no museu da Mercedes como um carro de valor histórico como este deveria. O historiador Doug Nye atribuiu o alto valor alcançado pelo carro, devido justamente a ser o mesmo utilizado por Fangio e não ter sido restaurado até então. O carro tinha avançadas soluções mecânicas, tais como injeção mecânica Bosch, comando de válvulas desmodrômico em um motor oito cilindros em linha, e atingia a potência de 290hp.

A Mercedes W196 no tradicional veículo de transporte da época, no evento em Goodwood onde foi arrematada por cerca de R$ 60 milhões de reais

Eu fiz a miniatura deste carro justamente para homenagear a sensacional obra de engenharia que ele foi.





Para ver mais fotos da miniatura e a história do carro, veja no link "coleção de miniaturas" no início do blog. Grande abraço !

domingo, 7 de julho de 2013

Os grandes pilotos do passado: Tazio Nuvolari

A partir deste post, estarei escrevendo um pouco sobre os pilotos que dirigiram os carros que eu retrato nas miniaturas. Um dos pilotos que dirigiu vários destes carros foi Tazio Nuvolari.

Tazio Giorgio Nuvolari nasceu em Castel D´Ario em 1892. Desde a infância já era interessado por esportes, sendo o seu pai um grande praticante do ciclismo, e o irmão dele campeão em várias provas ciclísticas. Assistiu a primeira corrida de carros em 1904 em Brescia, ficando imediatamente impressionado com a velocidade, e os pilotos da época: Vincenzo Lancia e Nazzaro. Sua paixão por motos e carros foi crescendo. Tirou sua licença de piloto de motos em 1915 com 23 anos, mas logo em seguida a primeira guerra estourou, e foi servir o exército como motorista. Sua primeira corrida de motocicleta, foi em 1920 no circuito de Cremona. Em 1921 com um Ansaldo tipo 4 participou de sua primeira corrida de carros na Copa Veronese de regularidade, terminando em primeiro lugar. O seu sucesso com as corridas de motos nesta época com várias vitórias, estava suplantando as provas que ele participava com carros. Em 1925 foi chamado pela Alfa Romeo para testar o já vitorioso Alfa Romeo P2 que era o carro de Grand Prix de ponta à época, mas apesar de fazer voltas mais rápidas que  Campari e Marinoni, e fechar uma volta mais rápida que a de Antonio Ascari, no ano anterior,  o teste terminou com uma saída planejada da pista, e Vitório Jano não consideraria a sua contratação até 1929.

Monza 1925: Tazio Nuvolari com o engenheiro Nicola Romeo  durante o teste com a Alfa P2 

Alfa Romeo P2 1924 
O carro ficou danificado, e o piloto ferido. Após 12 dias ainda se recuperando do acidente, Tazio montou a sua Bianchi 350 e venceu o Gran Premio Delle Nazioni. Após várias vitórias sobre duas rodas, e também vários acidentes, Tazio continuava a nutrir a sua paixão pelos carros. Em 1927 pilotando um Bianchi tipo 20 obteve um 10º lugar geral na Mile Miglia. Os melhores resultados da temporada foram mesmo com a sua Bugatti Type 35, conquistando dois primeiros lugares um no Gran Premio Reale em Roma e no circuito Del Garda. Entre 1927 e 1928 Tazio adquiriu quatro Bugatti Type 35 e começou sua própria equipe de corridas, vendendo depois dois para o seu rival (e amigo) Achille Varzi. A estréia da scuderia Nuvolari foi um sucesso vencendo o Grand Prix de Trípoli, sua primeira grande vitória internacional.

Tazio sendo aclamado campeão no Grand Prix de Trípoli em 1928 ao fundo a Bugatti Type 35


Bugatti Type 35


Em 1930 Vitório Jano não havia esquecido de Nuvolari, e em uma carta memorável chamou-o para participar da equipe da Alfa Romeo. A estréia oficial não poderia ter sido melhor com a Alfa 6C 1750 ganhou a Mille Miglia em tempo recorde a uma média de mais de 100 Km/h. O restante de 1930 foi pontuado por diversas vitórias. Em 1931 o sucesso prosseguiu com a conquista da Targa Flório, Grand Prix da Itália e Copa Ciano entre outras. Em 1932 o sucesso só aumentou ganhando o apelido "O voador de Mântua" de 16 corridas que participou Tazio ganhou sete, com nove voltas mais rápidas.


Tazio pilotando a Alfa Romeo 8C 2300 Monza em Monte Carlo



Alfa Romeo 8C 2300 Monza 

 Mussolini o recebeu em Roma e posou para uma foto histórica com ele a bordo da Alfa Romeo P3

Mussolini a bordo da Alfa Romeo P3 cumprimenta Nuvolari já considerado herói nacional

Alfa Romeo P3
Em 1933  Tazio venceu 11 corridas. Na Espanha em San Sebastián sofreu um grave acidente. No final de 1934 Tazio entrou em negociação com a Auto Union para testar o Type D, mas não deu certo. Voltou a atuar com as Alfas preparadas por Enzo Ferrari. Obteve desta vez mais vitórias com as Alfa P3. Ainda em 1934 pilotando uma Alfa Romeo Bimotore de 540hp, bateu o recorde de velocidade.

Tazio Nuvolari pilotando a Alfa Romeo Bimotore

Voltou a atuar com as Alfas preparadas por Enzo Ferrari. Obteve desta vez mais vitórias com as Alfa P3. Ainda em 1934 pilotando uma Alfa Romeo Bimotore de 540hp, bateu o recorde de velocidade. Em Maio treinando para o Grand Prix de Trípoli sofreu um acidente, sendo jogado para fora do carro, e tendo múltiplas contusões. Mesmo assim ele voltou a pista no dia seguinte. Este ano mais uma série de vitórias célebres. Em 1935 conquistou uma histórica vitória em Nürburgring pilotando uma Alfa P3.  Na temporada de 1937 reinaram absolutos os carros alemães, e os demais pilotos foram obscurecidos pelas flechas de prata. Neste ano Tazio sofre com a morte do filho Giorgio. Neste ano ainda sua Alfa pegou fogo na pista e ele teve que abandonar o carro às pressas. Este ano ele foi vitorioso apenas no Grand Prix de Milão. Em 1938 Tazio tem novamente sua Alfa em chamas, sofrendo queimaduras. Ele chegou a pensar em desistir das corridas neste episódio. Foi para os Estados Unidos e testou carros em Indianápolis, mas desistiu. Voltou a Europa e fechou contrato com a Auto Union para substituir Bern Rosemayer que havia falecido em um histórico acidente tentando um record com o Auto-Union. Já correndo pela Auto-Union conquistou dois Grand Prix (em Monza e na Inglaterra). Com a ameaça de guerra no ar, o calendário de corridas foi encurtado. A segunda Guerra havia começado quando ocorreu o Grand Prix de Belgrado, que foi a última vitória de Tazio com o Auto-Union, e o final de uma grande era das corridas de carro. Após a guerra em 1946 Tazio participou de 19 corridas, conquistando três vitórias. Pilotou carros como a Maserati 4CS, Fiat 1100 e Cisitália D46,  Correu ainda uma sensacional Mille Miglia (aumentada neste ano para 1800 Km) com sua pequena Cisitália 202 Spyder, que teve problemas de ignição e de cabine do piloto cheia de água por causa da chuva torrencial. Ele já não era mais o piloto vitorioso de antes, mas em Turim pilotando uma Cisitália D46 que teve problemas no volante, ele passou a frente das arquibancadas com o volante na mão !!! e depois deu uma volta pilotando o carro apenas com a barra de direção !!! Em seguida teve que parar e ainda terminou em 13º.   A história deu a volta ao mundo e o tornou uma das maiores lendas do automobilismo mundial. 


Tazio pilotando a Cisitália D46 sem volante

A Cisitália D46 

quinta-feira, 4 de julho de 2013

EM CONSTRUÇÃO Bugatti Type 59 Grand Prix 1933 Miniatura nº 20

Nesta vigésima miniatura, eu voltei a abordar a década de 30 com mais uma maravilhosa Bugatti de Grand Prix. Ettore Bugatti foi um dos maiores projetistas de carros de corrida na década de 20, notadamente pela Bugatti Type 35 detentora de inúmeras vitórias nas pistas no período de 1921 a 1930. Infelizmente seu conservadorismo e teimosia, o levaram nos anos seguintes a não abandonar a estrutura de eixos rígidos e freios operados por cabos, em uma época em que os carros de Grand Prix já utilizavam suspensões independentes e freios hidráulicos. Apenas o motor de oito cilindros em linha, e duplo comando, com compressor se mostrava mais eficiente. Mesmo entrando em vigor em 1934 a nova regra da categoria, em que o peso do carro era limitado a 750Kg e monoposto, Ettore projetou a Type 59 com dois lugares, sendo que o segundo posto era coberto, e no lugar do segundo assento, poderia ser colocado um tanque de gasolina adicional. Ele acreditava que os carros de corrida ainda deveriam ter dois lugares. A estréia foi no grande prêmio da Espanha em 1933, terminando em quarto e sexto lugares. Os pilotos foram o grande Tazio Nuvolari,  René Dreyfus e Jean-Pierre Wimille. A Bugatti enfrentou os super-competitivos Alfa Romeo P3 e as Flechas de Prata Alemãs muito mais avançadas e bem projetadas. A Bugatti conseguiu sua vitória mais expressiva com um primeiro lugar na Bélgica em SPA, pilotada por Dreyfus.

O carro:








 Características técnicas:

País de origem: França
Motor: frontal, longitudinal, 8 cilindros em linha, duas válvulas por cilindro
Cilindrada/Potência: 3.257 litros, 250 hp
Carburador: 2 Zenith  
Compressor roots
Câmbio: de 4 marchas
Freios: a tambor nas quatro rodas acionado por cabos 
Chassi: do tipo escada
Corpo: em Alumínio
Suspensões (Dianteira): eixo rígido, molas semi-elípticas, amortecedores RAM
Suspensões (Traseira): eixo ao vivo, braços, molas elípticas, amortecedores

A miniatura encontra-se em fase de construção: 


Chassis da Bugatti Type 59  



Chassis da Bugatti Type 59 com o radiador e grade dianteira e braços da suspensão dianteira 

Interior da Bugatti Type 59

Interior da Bugatti Type 59

Interior da Bugatti Type 59

Interior da Bugatti Type 59

Peças: Painel, volante, feixes de molas, grade de proteção dianteira e tampa do segundo posto do habitáculo

Tapeçaria da Bugatti Type 59 

Chassis e interior para iniciar processo de colocação das formas de  moldagem

Chassis e interior para iniciar processo de colocação das formas de  moldagem






segunda-feira, 1 de julho de 2013

NOVA MINIATURA: Ferrari 500 F2 1952 Miniatura nº 19

Nesta décima nona miniatura, continuei abordando um pouco mais a fórmula 1 dos anos 50, com mais uma Ferrari, e desta vez com a que foi bi-campeã 52/53 com o Alberto Ascari no volante. A temporada de 52 com a saída da equipe da Alfa Romeo (que havia sido bi-campeã nas temporadas de 50 e 51, com Nino Farina e Fangio), estava desesperadamente sem participantes. Enzo Ferrari ficou impressionado com os pequenos motores ingleses de quatro cilindros, e solicitou a Aurelio Lampredi engenheiro da Ferrari, a desenvolver uma unidade nestes moldes para a temporada que iniciaria seguindo a regra dos dois litros. A Ferrari iniciou bem a temporada com Piero Taruffi na primeira das oito rodadas do campeonato. Alberto Ascari venceu todas as etapas restantes, sagrando-se campeão mundial, seguido de Nino Farina e Piero Taruffi também da Ferrari. Na temporada de 53 Alberto Ascari ganhou "apenas" cinco das nove rodadas. A 500 F2 só foi vencida na última corrida da temporada pela Maserati de Fangio. Ascari sagrou-se bi-campeão 52/53, com isto iniciando a lenda Ferrari nas pistas.

O carro:










Características técnicas:

País de origem: Itália
Motor: frontal, longitudinal, quatro cilindros em linha, duas válvulas por cilindro SOHC
Cilindrada/Potência: 2 litros, 170 hp
Carburador: 2 Weber 45 DOE  
Câmbio: de 4 marchas
Freios: a tambor nas quatro rodas (Hidráulicos)
Chassi: chassis tubular 
Corpo: em Alumínio
Suspensões (Dianteira): triângulos duplos, mola de lâmina semi-elípticas transversal, braço de alavanca amortecedor
Suspensões (Traseira): eixos DeDion, mola de lâmina transversal inferior, dois braços radiais



A miniatura: Status: vendida no leilão Motostalgia/2013 em Austin.




Ferrari 500 F2 1952

Ferrari 500 F2 1952


Ferrari 500 F2 1952

Ferrari 500 F2 1952

Ferrari 500 F2 1952

Ferrari 500 F2 1952

Ferrari 500 F2 1952

Ferrari 500 F2 1952

Ferrari 500 F2 1952

Ferrari 500 F2 1952

Ferrari 500 F2 1952

Ferrari 500 F2 1952

Ferrari 500 F2 1952

Ferrari 500 F2 1952

Ferrari 500 F2 1952

Ferrari 500 F2 1952

Ferrari 500 F2 1952

Ferrari 500 F2 1952

Ferrari 500 F2 1952

Ferrari 500 F2 1952

Ferrari 500 F2 1952

Ferrari 500 F2 1952

Ferrari 500 F2 1952